Nov 9, 2010

Violentamente, eu.

Músicas altas e nenhuma vitrola no chão. O cheiro da primavera nunca me pareceu tão peculiar, e os sorrisos dessas crianças nunca foram tão doces. As discussões pelo lanche da escola e seus pais irritados com o trabalho faziam melodia acompanhante em uma rebelião dentro da sua pequena cabeça. Você se mostrou paciente até aqui. O avião me espera no cruzamento da rua mais próxima e eu estou pousando. Gravidade nunca foi algo que me prendeu de fato ao chão; o que me prendeu foram os sentimentos humanos que ao invés de serem leves, são pesados e árduos. O avião parará em um lugar diferente, muito longe do que estou agora. Um estado novo, uma nova restituição. Eu fiz meus desenhos sobre o futuro e antes que assinasse o meu nome neles, rasguei pois inúteis eram. Eu vi a necessidade mudar, de trocar a música do rádio e o filme na tv. Tudo isso por causa de humanos, como eu e você. Nós parecemos gigantes tentando tomar cuidado em não pisar em casas espalhadas em uma cidade entre dois montes. Quero voltar a ser criança, e voltar a sentir frio. Viver faz mal e bem e eu cansei de ser 'boazinha' com as coisas que me fazem mal! Idiota, idiota! E eu não devia ser assim. Tantas coisas pressionando. A maldita escola, o maldito namoro que não deu certo, a maldita briga de pais e irmão, maldita falta de dinheiro, maldita distância. Maldita! Maldita! Não quero mais saber de quando você corta o cabelo ou faz alguma coisa nova. Não quero ligar a tv e ouvir o seu nome e lembrar de você, não quero saber com quem você está, com quem faz 'aquilo' e você sabe muito bem o que. Eu quero sumir no raio de 1000 quiômetros, 100 milhas e 50000 de metros cúbicos da sua cabeça. Confuso, confuso de mais. Até para você que lê isso. Eu preciso (e vou) mudar as coisas. Preciso (e vou) seguir em frente! Perder a sequência do que seriam pedaços nossos, seus, de todo mundo. Eu quero voltar pro futuro e te contar depois o que eu vi. E se contraditória assim, dizendo que quero e que não todos os dias só para rir. Congelada no seu congelador, bem perto de você, e depois longe demais para você se lembrar. Fazer rodinha punk e te odiar. Te amar... A música do começo e as crianças sorrindo agora estão na tv me dizendo que preciso ir. Eu vou... Está chovendo e eu queria dançar, queria pular e me molhar no meio de uma rua vazia, só eu, rua, chuva... Mas o banho quente é mais atraente, e eu vou entrar nele novamente.
Adeus.

Um dos textos mais 'retardados' e sem sentido que já escrevi. Desculpem se não entenderam.

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