Nov 5, 2010

The Silence

Em mim havia novamente esperança. Eu havia acordado certa de que devia falar com você. Eu sei que você me ignorou por meses a fio e a única madrugada na qual você me deu atenção, você foi doce e gentil, mas não foi o mesmo. Ela sugou de você 'o bom' e eu admiro isso nela; ela deve fazer isso mesmo, é o direito e dever dela, afinal é sorte dela ter alguém como você. Por incrível e idiota que seja eu posso ter passado os meses a partir do dia 8 de Janeiro com diversas perguntas na cabeça. Você ia e vinha na minha mente em diversos momentos, e quando você voltava ficava por um bom tempo. Ter pedido a sua presença para finalmente me ver, pessoalmente, no físico, foi algo absurdamente insano. Como eu poderia pedir algo tão sem nexo para você? Não gosto de atrapalhar 'meiados' felizes, e não quero mexer no seu futuro 'felizes para sempre' mas você continua vivo nas folhas secas dos livros que folheio tão desesperadamente. Há tanta coisa guardada dentro de mim, coisas que nunca expus para ninguém, e que pretendo deixar em segredo para sempre. Seus olhos, sim seus olhos, os mesmos olhos verdes espelhados que eu encontro em todo lugar que eu vou. Me pego rindo no meio da noite lendo suas (poucas e) significantes mensagens no meu antigo celular. A última marcava a sua ida, talvez para sempre. Mas os caminhos da vida não são retos e nem a história já tem seu enredo completo. Se tem algo nela que a faz tão fascinante é o fato dela poder mudar, o fato dela jogar o jogo tão bem que em sua primeira jogada já estamos em xeque. Eu observo você há um longo tempo. Outra pessoa entrou na minha vida e você esteve aqui para me ajudar. E como eu admiro isso. Você não foi mais um cara que mentiu para mim; não foi um idiota qualquer que sumiu e não deu explicação. Você me disse tudo (ou talvez nada) mas pelo menos fez com que eu compreende-se que não havia razão para odiar você. Eu sinto sua falta. Falta das nossas conversas idiotas e que não nos envolviam em casos de amor a distância (nos quais tanto me machuquei recentemente). Conversas saudáveis, de frutos fáceis e saborosos. Eu não vou esquecer você e por mais que eu diga isso olhando nos seus olhos, por mais que eu saiba que eu e você não vamos ser nada no futuro eu guardo todas as minhas esperanças e encaro algo mais duro do que seu distanciamento: O silêncio. Esse silêncio implacável, que renega a minha presença, que me chateia e que me faz amar você. E então sigo, sigo vendo você ao longe, dançando mais uma valsa da vida com um par no qual não sou eu. Acredite, quero tanto que você seja feliz, tanto que fique com ela. Mas na verdade, eu queria estar no lugar dela para ser feliz com você. Nada de inveja, nada de mágoa; é apenas mais um sentimento (talvez infeliz) que tenho dentro do meu peito e que gostaria de transmutar para a minha vida que nesse momento tanto precisa de você. E que as muitas linhas da vida nos enrolem e façam com que nos encontremos no momento oportuno para sermos sinceros e verdadeiros com nós mesmos.

Um texto sobre coisas minhas (uma parte de um extenso desabafo que ainda espero poder expressá-lo), e com leve inspiração em uma garota e um italiano que ainda não viveram tudo o que é para ser vivido.

Música (de inspiração) do texto: The Silence - Mayday Parade

0 comentários:

Post a Comment